Olhei-te,
E vi que as tuas pálpebras estavam pregadas.
Estavas no 14º sono,
Não quis despertar-te da fantasia.
Quisera que as minhas memórias antes de ti
Fossem todas apagadas;
Afinal, rainha dos meus encantos,
Tu és a minha razão de viver a cada dia.
O Sol acordou-te…
Como num passe de mágica te levantaste.
E a sua primeira reação, num rompante,
Foi dar-me um beijo de bom-dia.
Igual uma pluma, voaste da minha presença;
Para o quarto retornaste.
Aquela grata surpresa
Me fez sentir uma indescritível alegria.
Corri para beijar-te mais uma vez
Antes de sair para trabalhar,
Mas a porta do quarto, para meu desespero,
Estava fechada.
Bati três vezes na porta,
Esperando lá dentro te encontrar.
Ao abri-la, uma surpresa:
Lá, não havia mais nada.
Nem mesmo as lembranças
Daquele imenso amor que vivemos
Estavam lá dentro.
Tudo era meramente ilusão.
Apesar das lágrimas que vertem do meu rosto
Me fazerem relembrar o que tivemos,
Sinto que, para todo o sempre,
Carregarei-te dentro do meu coração.