sexta-feira, 17 de março de 2017

Presente de Deus

Quando dizia um poeta:
"Olhai aos apaixonados",
Eu os via, encantados,
E me apontava uma seta,
Indicando em linha reta
Para onde caminhar.
Ainda estou a andar
Nessa estrada sem destino
E me transformo em menino
Querendo asas pra voar.

E pela estrada seguindo,
À margem, vi um jardim.
Flores ao redor de mim.
Tava tudo muito lindo.
Mas, quando eu já estava indo,
As flores foram murchando.
Já fui me decepcionando
Com tudo o que acontecia,
Pois não era o que eu queria,
O que eu estava desejando.

Precisamente, às dez e oito,
No meio daquela estrada,
Surgiu um alguém do nada
Que me deixou meio afoito.
Vinha comendo biscoito
E tomava um bom café.
Ali, eu me enchi de fé.
Perguntei ao Deus bendito:
"De fato, é tudo bonito.
Mas e esse ser, quem é?"

Nosso Senhor me falou:
"É o que te reservei.
Para Ti bençãos deixei."
E depois Ele parou.
Já que Ele abençoou
Então, adeus, vaidade.
Que seja feita a vontade
De Deus, Todo-Poderoso
Que é misericordioso
E o Criador da Verdade.

Daquele meigo futuro,
Quando me aproximei,
Nesta hora me acordei,
Ainda estava escuro.
Mas me sentia seguro
Por com Deus eu conversar.
O que Ele abençoar
Pra mim, tá de bom tamanho.
Eu mesmo até fico fanho
Quando de Deus vou falar.

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